Papai Noel não havia ainda terminado a distribuição de presentes pedidos pelas crianças quando ele se deparou com uma cidade de edifícios com telas nas varandas e janelas. Como entrar? Antigamente era só escorregar pelo buraco da chaminé. Então pediu ajuda aos céus! Mas todos do reino encantado do Natal, a Sininho, aos meninos da terra do nunca, a Merlin, todos estavam ocupados
– Fique pequenino e entre pelo buraco da tela, ouviu de um duende, ajudante da oficina de brinquedos. Ele construía casinhas de madeira, carrinhos de corrida, trens, bonecas que choravam e diziam mamã e bailarinas que dançavam, bolas coloridas. Queria ver as crianças brincando com esses brinquedos lá do seu reino mágico.
– Papai Noel, insistiu o duende, fique pequenininho e entre pelos quadrados da tela.
E assim fez Papai Noel. Ele não queria ver as crianças sem seus brinquedos. Quando ele estava pequenininho e tinha distribuído metade, aparece na varanda a bruxa má e joga seu feitiço sobre Papai Noel. Ficando pequenino para sempre ele não podia mais fabricar brinquedos, lanchinhas, navios, bichinhos, ursinhos de pelúcia, etc. Papai Noel ficou muito triste. Foi aí que entrou em ação a equipe salvadora. Vieram em seu socorro todos os tipos de mágicos: duendes, gnomos, fadas. Eles devolveram Papai Noel ao seu tamanho normal, as crianças receberam os presentes, agradeceram a Papai Noel e brincam até hoje com suas bonecas, jogos, casinhas, patinetes, bicicletas e bolas, felizes como sempre.
Para Clarissa Emília e Jairo Benjamin de Castro Becker,
Mariana e Nicholas Guimarães Callado
Era uma vez… ! Assim começam os contos de fadas! Mas a história de Clari e Mari é um pouco diferente… …pois diferente fica o caminho por onde passam. Talvez, por esse motivo, foi preciso esperar um tantinho mais por elas.
Como toda fadinha, Clari e Mari são gentis, corajosas e… encantam com as suas travessuras. Enquanto se demoravam, o mundo foi dando voltas, voltas e mais voltas… e a magia foi crescendo. Ao chegar, Clari e Mari quiseram logo conhecer o jardim da vovó. Ali brincam de correr, saltar, escolher as sementes para as flores… Ah! Gostam também de escalar as árvores do quintal…
…durante as férias, porque Clari e Mari vivem em lugares bem distantes um do outro. Mari, em um país com lindos coqueiros enfeitando suas praias e onde, no carnaval, carros alegóricos homenageiam os personagens da história.
De repente vovó faz um plim com sua varinha de condão e… pronto! Aqui estão as fantasias de Maria Bonita para as duas…
Clari vive em um país onde na estação mais fria pode cair a neve, deixando o chão todo branquinho.
Nas férias do meio do ano a família de Clari visita a família de Mari. Elas tomam banho de mar e catam conchinhas (Muscheln) na areia, que prendem a um fio em forma de um lindo colar de índio.
Nas férias de fim de ano a família de Mari visita a de Clari. Nessa época é muito frio. Mas Clari e Mari querem brincar lá fora. Mamãe agasalha bem as duas. – Não demorem muito! Recomenda.
– A neve é magica! diz Clari a Mari. – Dela saem bonecos de neve (Schneemann) bem fofos, com olhinhos de pequenas pedras e nariz de cenoura…
Mais tarde papai traz Clari e Mari de volta em um trenó (Schlitten).
Clari tem um irmão mais velho. Ele se chama Ben. Mari tem um irmão mais velho. Ele se chama Nico. Quando os primos se encontram, brincam com o cavalinho de pau (Schaukelpferd) que o papai construiu. E montam a estrada de ferro que Ben chama de Eisenbahn. – Piuuuuiiiiii! Tou… tou…! apita o trem…
… mas eles gostam mesmo é de pular na cama da vovó…
No jardim, Nico e Ben imaginam aventuras numa floresta cheia de animais selvagens e rios infestados de crocodilos. Os pequenos exploradores escapam dos perigos saltando nos galhos das árvores.
Clari, Mari, Jairo e Nico no jardim, por Mariana.
– Que corajosos! (- So brave Kinder!) dizem mama e papa.
Clari e Mari ajudam a mamãe a colher pitangas e seriguelas no jardim. Com elas, Nico, Ben e vovô fazem um refresco. Para o lanche recortam biscoitos em forma de coração e cogumelo.
– (Lecker!) Nham! Nham!
Nico mostra a Ben sua coleção de bolinhas de gude (Murmel). Ben mostra a Nico sua coleção de carrinhos. – Vrum…! Vrum…!
Ao meio-dia chega a vovó, chamando para o almoço. Os quatro fazem uma pausa na brincadeira. – Que crianças adoráveis! diz o vovô (- So nette Kinder!) sagt der Opa. – Fofinhas! diz a vovó (- Süsse Kinder!) sagt die Oma.
– Que delícia! Dizem os sapequinhas, saboreando o baião de dois.
Nico, Mari, Clari e Jairo na casa dao vovó, por Nicholas.
À tarde, com o vento forte, todos querem soltar arraias coloridas (Drachen fliegen lassen) que enfeitam o céu… No jardim brincam de plantar bananeira (Handstand machen) e de esconde-esconde.
– Ai! diz Ben, mostrando um machucado. Mamãe trata o braço com um emplastro, dá um beijinho e… pronto! Sarou! Ben agradece – Danke, mama! e volta correndo para a brincadeira.
Clari ensina a Mari o nome dos seus brinquedos: (Ball) bola! (Puppe) boneca! (Puppenhäuschen) casinha de boneca! (Rutschauto) carro de deslizar com os pés. E as duas apostam corrida de velocípede (Dreirad) pela varanda.
– Viva! Ganharam! Exclama o vovô, parabenizando as vencedoras.
– Viva!
_ Viva!
Mari ensina a Clari o nome dos seus brinquedos: caixa de brinquedos (Spielkaste), carro de boneca (Puppenwagen), blocos de construção ( Bauklözte), marionete (Hampelmann), xilofone (Xylofon). E as duas fazem lindas pinturas com lápis cera (Wachsmalstifte). Depois penduram os desenhos na parede, onde todos podem apreciar.
– Que talento! diz mama e as duas artistas sorriem satisfeitas.
Quando a noite chega, vovó conta histórias (Märchen) de outras fadinhas, castelos e lindas donzelas. Mari e Clari escutam encantadas… Nico e Ben preferem as dos corajosos cavaleiros, como eles, vencendo piratas (Seeräuber) e dragões de arrepiar os cabelos.
– Ui! Que medo! Todos riem, já bocejando de tanto sono! E adormecem…
– Boa noite, meus amores! Durmam bem! (Schlaft gut!) Foi um dia cheio! pensa a mamãe.
Clari e Mari acordam sempre muito cedo. E acompanham o vovô e a vovó na oficina de artesanato, no jardim e na cozinha. Querem ajudar nos preparativos do natal.
– Como se bate um bolo? (Wie backt man einen Kuchen?)
– Como se corta uma roda de carrinho?
– Como se faz isso?
– Como se faz aquilo?
E com essa curiosidade toda aprendem muito, e ensinam também. Ajudam o vovô a lembrar como é viver entre as crianças.
Na noite de natal (Weihnachtsabend) Mari e Clari, Nico e Ben cantam “bate o sino pequenino” junto ao pinheiro de natal (Tannenbaum) que ajudaram a decorar com figurinhas de papai-noel e estrelas de chocolate.
Chegou a hora dos presentes… e as duas fadinhas distribuem os mimos que prepararam nos últimos dias: o boneco de palha de milho, a bruxinha de pano, balões de papel, sementes coloridas, caixinhas para lápis e os desenhos que elas pintaram. Todos estão contentes… Ah! Tem também um lindo besouro ressecado, que Ben junta a sua coleção.
– Feliz Natal! (- Frohe Weihnachten!)
No final das férias a família se despede num alvoroço festivo, já combinando as brincadeiras para o ano vindouro. – Até as próximas férias! (- Bis nächstes Mal! – Aufwiedersehen!) – Aufwiedersehen! Repete o louro (Papagei) que Nico e Ben ensinaram a falar nesses dias. Todo mundo acha graça! E todo mundo tem saudade!
Mas carregam, e, ao mesmo tempo oferecem o melhor dos presentes: a mágica da felicidade que vem da boa vontade, que cada um guarda, bem protegida, no lado silencioso do coração.
No tempo em que as coisas falavam, um aprendiz de feiticeiro quis se vingar de um homem e fez um encantamento nas coisas da sua casa. Elas deveriam xingar os convidados. Assim ele ficaria mal visto na cidade.
Então quando alguém se sentava, a cadeira dizia: “como sua saia é curta!” O se alguém de mais peso preferia o sofá, este se arreliava:
“Gorducha!”
Ou então se um menino pegava mais de um doce, a doceira exclamava:
“Menino guloso!” E os pais da criança ficavam desgostosos com o dono da casa e espalhavam pelo bairro que ele era um mau anfitrião.
Móveis falantes, por André Cavalcante.
Móveis falantes, por André Cavalcante.
Porém uma fada bondosa que tudo presenciara quis dar uma lição no projeto de feiticeiro, que desesperado, saiu correndo, caiu e quebrou o nariz. Depois de consertar o infeliz, a fada (afinal era uma fada do bem!), não só quebrou o encantamento: as coisas agora deveriam ser amáveis e bondosas com os convidados: assim elas passaram a dizer: “que linda sua saia curta!” Ou “pegue mais um doce, linda criança!” Ou ainda: “a senhora está muito bem assim!” E os convidados voltavam pra casa com um sorriso no rosto e todos viveram sossegados para sempre!
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