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Perseverança

A pequena Lola e o gênio

Era natal. A cidade estava iluminada. Porém na casa de Lola não havia presentes nem ceia. O pai estava desempregado, a mãe, doente. Mas como bons cristãos, a família homenageou o menino Deus com uma prece de gratidão e pedido de dias melhores.

Lolita, os pais a chamavam assim, era uma criança feliz, antes da doença  de sua mãe.

Um dia, ela estava colhendo ervas, cidreira, malvarisco ou mastruço para o chá de sua mãe quando ouviu um latido pros lados do rio. Era um pequeno cão agarrado a um tufo de capim, prestes a despencar da ribanceira. Mais que depressa a criança o salvou, agarrando-o contra si. Subitamente aparece um gênio: Faça três pedidos. A criança não teve dúvida. Pediu a recuperação de sua mãe, depois um emprego bom para seu pai. Também gostaria de estudar na melhor escola da cidade. E assim foi feito. Logo que chegou em casa viu a mãe alegre e curada e seu pai dizendo, com alegria: telefonaram da melhor empresa da cidade, me oferecendo um emprego. Tinha deixado meu curriculum lá.

E Lolita começou a frequentar sua escola, mas relaxava, chegava atrasada, rabiscava as lições, faltava ao colégio. Encantada com a vida de conforto, se distraía com os jogos de computador, dormia tarde, faltava ao colégio e ia perdendo amigos. Era obrigada a viver sozinha.

Deveria ter pedido amigos ao gênio, pensava, quando de repente surge o gênio: – Lolita, você deverá ganhá-los por si mesma, com seu comportamento. Assim, incentivada pelo gênio, a menina mudou de atitude. Passou a ser atenciosa com os professores, prestava atenção as aulas, deixou de chegar atrasada no colégio, inscreveu-se no grupo de teatro, de música, de artes, colaborou nos eventos e passou a tirar notas boas. Era simpática com os colegas, prestativa e os amigos começaram a se aproximar dela: queriam fazer estudos de grupo. As meninas pediam pra dormir na sua casa, fizeram até uma festa do pijama. Enfim a amizade renasceu.      

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Hábitos saudáveis

Bolota e bolo fofo

– Pra onde querem ir nessas férias? Pergunta dona Laura, a mãe de dois meninos.

– Vamos esquiar nas montanhas. Depois das férias a mãe perguntou como tinha sido

– O Bolo fofo virou uma bola de neve e rolou montanha abaixo. Eu fui escalar e despenquei.  Por sorte as cordas me sustentaram, contou o outro, o Bolota.

– Foi isso! Confirmou o irmão.

Após as próximas férias no litoral, os pais perguntaram como tinha sido a aventura.

– Afundamos no mar e fomos retirados pelo salva-vidas.

A mãe disse – Já sei. Nas próximas férias iremos a casa da vovó no interior. A viagem de trem é uma novidade. E lá tem a charrete para passeio. É tempo de colheita do algodão e da oiticica. Vai ser divertido, pensaram os dois. Eles não sabiam o que era oiticica, mas conheciam o algodão.

-Oba! Deve ser algodão-doce!

E foram. Adoraram andar de trem e de charrete. Visitaram a horta em uma estufa. Colheram cenoura, desenterrando algumas da terra. Sacudiram a areia e deram um croc, que estalou alto. Depois pegaram uma fatia  de melancia que virou água na boca. Subiram na goiabeira e abocanharam uma goiaba de vez. E as seriguelas! Que delícia! Elas espocam quando mordidas, virando suco. Nunca tinham provado frutas tão saborosas. Muito melhor do que os sanduíches do Shopping.

– Mamãe, Por que não nos trouxe aqui antes? Adoramos a casa da vovó! Ela faz uma salada deliciosa! E tem jogos muito emocionantes!

Nas próximas férias, quando os trabalhadores começaram a debulhar milho e feijão, eles quiseram brincar também, pois para eles era um novo jogo. E competir quem debulhava mais foi muito animado. Não sabiam que morder frutas e legumes era tão gostoso! Decidiram continuar…! E os chumaços de algodão tão lindos branqueando o campo…!!!  Chegaram a pincelar um quadro com aquele cenário para mostrar aos colegas e amigos!!! Depois de cinco férias assim, os colegas passaram a chamá-los Edu e Luís. Tinham sido as melhores férias, escreveram em uma redação que ganhou nota 10. Os amigos cercavam animadamente os dois jovens elegantes da escola, preferidos entre o público feminino.